domingo, 11 de julho de 2010

Luz? Torpor!

Abriu os olhos. O lugar estava escuro. Só isso sabia. Estava num lugar escuro. O estomago queimava. Medo. Onde estava? Olhos ardiam. Não era seu quarto sabia que não era. Olhos pesados. Fechou os olhos. Acabou dormindo.
Despertou depois de algumas horas de sono. Tinha tido um pesadelo horrível. Tentou levar à mão a testa. Realidade terrível. As mãos atadas á cama. E aquela dor aguda no braço. Algo na vena... Vena? Não. Confusão. A palavra certa era Veia, não vena. Dor de cabeça. Tudo girava. Tossiu. Garganta seca e dolorida. Fome. Não podia comer, Não. Não queria comer. Uma fome do cão. Uma fome dos infernos. Sede. Precisava de água. Estava seca. Puta Merda! Dor nos músculos. Sentia-se fraca. Queria ficar de pé. Chacoalhou-se na cama. Um barulho. Passos. Um facho de luz. Estava tendo alucinações. Seria a fome ou a dor? Fez um barulho. Um som gutural escapou da garganta... o que deveria ser um pedido de socorro soava como um resmungo. Precisava de ajuda. Calou-se. Conteve a saliva na garganta, evitou engolir. Pensou. Os músculos doíam tanto não devia ter se chacoalhado. Agora tudo doía. Virou a cabeça e apurou os ouvidos. Passos e vozes. Fechou os olhos. Fingia dormir. Talvez passassem por ela sem incomoda – lá. Precisava descobrir onde estava e o que fizera na noite anterior. Seria um porre? Precisava relembrar os passos. Medo. Pensou novamente. Mais aí o medo voltava. O pavor. Não se lembrava de nada. LEMBRANÇAS. Seus pais sua doença. Bulimia. Isso! Era doente. Mais onde morava? O que fazia? Qual seu nome? Quantos anos tinha? Aquietou-se.
Lembranças, sono, fome... Sono, escuridão. Voltou a dormir!